Entretenimento foi matando o jornalismo cultural, afirma Bruno Cavalcanti
Jornalista do Estadão também deu dicas sobre como entrar no mercado de trabalho durante Semana da Comunicação da FMU-FIAM-FAAM
José Carlos Lopes*
O repórter Bruno Cavalcanti, que cobre cultura para o jornal O Estado de São Paulo, afirmou durante sua palestra na 12ª Semana da Comunicação da FMU-FIAM-FAAM que o entretenimento acabou por dominar o que se chamava antes de “jornalismo cultural”.
“O entretenimento dá mais clique, e isso se reverte em acessos que, por sua vez, se reverte efetivamente em valoração de mídia”, disse ele.
Cavalcanti, que foi aluno do curso de Jornalismo da faculdade, retornou à instituição para falar sobre jornalismo cultural e diversidade em uma palestra intermediada pela professora Maria Lúcia da Silva.
Ele explicou que o jornalismo cultural foi implementado nos cadernos corriqueiros dos jornais brasileiros no século XIX. Nos anos 2000, eles eram recheados de jornalistas, ainda que não houvesse tantos eventos culturais. Mas a plateia queria saber mesmo sobre o mercado de trabalho – e ele não se furtou a responder.
Na sua perspectiva, o que importa mesmo para o jornalista é ter um bom texto. “Se você quer ser um jornalista cultural, com certeza já tem o que é preciso para ser. É assim também no Esporte ou na Economia. Para chegar ao assunto que se quer cobrir, é importante saber qual é o que mais se gosta – e, assim, o que terá mais a dizer sobre”, finalizou.
*Aluno do curso de Jornalismo FMU/FIAM-FAAM sob a supervisão de Maria Lúcia e Wiliam Pianco, professores do curso de Jornalismo da FMU/FIAM-FAAM.