Monografia: Campanha Eleitoral e Construção da Imagem nas Mídias Sociais: Um estudo sobre as campanhas eleitorais à prefeitura de São Paulo em 2016

Por Toni Farina, egresso de Publicidade e Propaganda

O bom convívio com as/os colegas de classe, a unidade e parceria dentro do grupo (agência) no qual fiz parte durante o curso de PP e a admiração imensurável pelo corpo docente da instituição, não foram suficientes para conter minha atração pela independência que a monografia iria me proporcionar, sobretudo no que tange conteúdo acadêmico. A escolha pelo tema se deu pela repulsa que sempre tive de financiamento empresarial em campanhas eleitorais (uma relação perigosa e nefasta que faz com que os políticos atendam aos interesses das empresas doadoras e não aos anseios e demandas da população) e pela presunção das mídias sociais ser um espaço democrático e econômico para realizar campanhas. Durante a pesquisa, notei a relação entre os temas e os conteúdos de autores e autoras indicados pelos meus orientadores. Isso aperfeiçoou e muito meu conhecimento.

Não posso reclamar, fui muito bem atendido pelos dois orientadores que tive (o primeiro deixou a faculdade) e ambos mergulharam com total interesse e carinho no tema, sempre me estimulando. O trabalho foi penoso, porém, muito satisfatório, pois o teor muito me agradava e já tinha certa propriedade no assunto. Isso facilitou a elaboração da pesquisa. Utilizamos métodos como etnografia, métricas e conversação em rede. Métodos esses que conheci durante os atendimentos e foram de suma importância para confecção da monografia. Após a análise, conseguimos identificar os discursos e construção da imagem dos dois melhores candidatos colocados nas eleições (Doria e Haddad). O primeiro utilizou um discurso administrativo populista, negando a política e se rotulando “gestor”, interagindo demasiadamente com o povo em suas mídias sociais e criando um tema de impacto em sua campanha (#AceleraSP).

O segundo, criou uma imagem popular culturalista, utilizando apoio de famosos intelectuais como Chico Buarque e humanizando a cidade sempre em unidade com as minorias. Entretanto, não interagia com os usuários nas mídias sociais e nem construiu um tema impactante para sua campanha. O resultado dessa pesquisa se transformou em um artigo apresentado no GP Comunicação para Cidadania, na sessão Educação, participação e política do Congresso Intercom 2017 em Curitiba e será base para mais 2 congressos ainda esse ano. Com o aprendizado que tive, deixo uma dica aos alunos e alunas que passarão por esse processo: Escolham temas que te despertam atração. Assim, a realização do TCC será muito mais prazerosa e amena. Valorizem e desfrutem desse corpo docente. Eles são a pedra angular para a consolidação e enriquecimento dos nossos conhecimentos.