As contribuições de pesquisadores negros e negras para a ciência brasileira

Mariana Martins Siqueira*

Na noite da última terça-feira (28), o Centro Universitário FMU juntamente com o Núcleo de Estudos Étnico Raciais (NERA), trouxe para discussão algumas contribuições de pesquisadores negros e negras para a ciência. O debate foi mediado pela professora Elisangela Ronconi e conduzido por Maria Lucia da Silva, Karla Paranhos e Fábio Brito dos Santos.

            Cada um dos convidados se apresentaram e explicaram um pouco mais sobre suas carreiras e trajetórias profissionais. A primeira a falar foi Maria Lucia, que veio do Espirito Santo para realizar seu doutorado e, que além de ser jornalista e professora, foi uma das fundadoras do NERA.

            Em seguida, Fábio Brito utilizou o espaço para fazer uma linha do tempo desde o início de seus estudos até suas contribuições realizadas hoje em dia. O farmacêutico de formação conta que tanto seu o mestrado quanto seu doutorado foram realizados pelo IOC/Fiocruz/RJ, e explicou a importância do Instituto durante toda sua carreira.

Fábio também expôs um pouco sobre uma das pesquisas realizadas durante seu doutorado, um estudo ambiental sobre os agentes da criptococose na microregião do Rio Negro. Além disso, conta que um dos maiores divisores de água na sua carreira foi a oportunidade de fazer um doutorado na Austrália. 

O convidado também comentou sobre a importância da comunidade científica mostrar nos artigos a foto do pesquisador.  “A representatividade é importante, a gente tem que mostrar nossa cara, com embasamento, com sedimentação e com aceitação”.

Karla que é bióloga de formação, pesquisadora e atualmente também é professora de ciências na rede municipal do Rio de Janeiro reforçou a importância do ensino público durante toda sua trajetória profissional.

A bióloga também teve a chance de fazer um intercâmbio na Universidade de Extremadura, na Espanha, e conta que foi ali que percebeu que havia escolhido a profissão certa para sua vida. Depois de formada, trabalhou na Instituição IPÊ no programa de conservação do Mico-Leão-Preto.

Karla, deixa claro que hoje defende uma educação antirracista e que coloca ela em prática com seus alunos. “ Uma das coisas que eu busco é fazer os alunos acreditarem que eles podem ser o que eles quiserem, e que as carreiras científicas são uma possibilidade real na vida deles”, completa.

*Aluna do 4º semestre do curso de Jornalismo.